A religião das bruxas, também conhecida como wicca, é uma das crenças espirituais mais intrigantes da atualidade. Muitos associam a bruxaria a estereótipos cinematográficos, contudo a verdade por trás dessa doutrina é muito mais complexa do que se presume.
A bruxaria moderna, tem raízes que remontam a meados do século XX. Frequentemente se aponta Gerald Gardner, ocultista britânico, como um dos fundadores da religião, embora ele mesmo reconheça ter apenas adaptado práticas já existentes em culturas antigas e tradições folclóricas.
A crença central da wicca é a Rede Wiccan, um princípio ético regido pela “Lei Tríplice”, que basicamente diz: “Tudo o que fizeres voltará em triplo para ti”. Convicção totalmente oposta a aquela praticada pelo famoso ocultista britânico, Aleister Crowley, cujo pensamento dizia: “Faça o que quiseres pois é tudo da lei”.
O culto das bruxas está profundamente ligado a veneração da Deusa e do Deus da natureza, que representam os aspectos femininos e masculinos da divindade. A maioria dos rituais wicca se realizam ao ar livre, muitas vezes sob a luz do sol ou da lua e incluem celebrações de ciclos e estações.
Samhain, Beltane e Imbolc são alguns dos festivais importantes no calendário wiccano. Essas celebrações envolvem danças, música, meditação, feitiços e cerimônias simbólicas. Muitos wiccanos se consideram verdadeiros guardiões da Terra, trabalhando então para sua proteção.
Como se sabe, a magia é parte importante da religião wicca, como feitiços voltados à cura, proteção, amor e outras finalidades. É importante destacar que a magia é vista apenas como uma manifestação da vontade divina, e não como uma manipulação direta dos eventos.
A wicca é uma religião altamente descentralizada, não se prendendo a algumas poucas autoridades religiosas, ou a um conjunto limitado de crenças. Existem diversas tradições dentro da wicca, cada uma com suas próprias interpretações e práticas peculiares.