Duas das maiores religiões do planeta consideram a “Pedra Fundamental” ou “Rocha da Fundação” um tesouro arqueológico e um local sagrado. Judeus e muçulmanos compartilham o pensamento de que o local, hoje conhecido como Cúpula da Rocha, sustenta as bases fundamentais de suas crenças.
O Domo da Rocha, um marco icônico em Jerusalém, foi construído no século VII, no coração da Cidade Antiga. Seu exterior atrai muitos visitantes, mas na verdade é o que está sob sua cúpula que cativa fiéis vindos de todas as partes do planeta.
Para os muçulmanos, a pedra guardada sob o teto da mesquita possui profunda conexão com a história da religião islâmica. Acredita-se que esse seja o local onde o Profeta Maomé ascendeu aos céus, pelas mãos do anjo Gabriel, sendo assim considerado um dos lugares mais sagrados para o Islã.
Já para os judeus, a Rocha está ligada às bases do judaísmo, sendo este o local onde Abraão esteve prestes a sacrificar seu filho em obediência a Deus. Esse também seria o local onde o rei Salomão construiu o templo, que viria a abrigar a Arca da Aliança, no local do antigo tabernáculo.
O Templo de Salomão é um dos lugares mais sagrados para os judeus, tornando a Rocha da Fundação um símbolo de conexão com a fé. Da mesma forma, conforme ensinam os sábios do Talmude, esta rocha teria servido como pedra fundamental para a criação do mundo.
Deixando de lado os contextos político e geográfico e analisando apenas o religioso, temos certa noção de quão delicado é o tema para os envolvidos. O mesmo pode-se dizer em relação à complexidade de resolução das divergências, levando-nos a crer que uma solução para o conflito ainda esteja um tanto quanto distante.
