É importante observar que o termo “Lança do Destino” não é uma denominação bíblica, mas uma expressão usada em contextos religiosos para enfatizar o papel do objeto, no cumprimento do destino de Jesus.
O Evangelho de João descreve um momento crucial na crucificação de Jesus: “Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança e logo saiu sangue e água.” Esse evento, frequentemente chamado de “o milagre do sangue e da água”, é considerado um dos alicerces da religião cristã, comprovando a consubstancialidade de Jesus, que afirma que Ele é simultaneamente homem e divindade.
A explicação tradicional é que, com a perfuração do lado de Jesus, sangue e água jorraram, simbolizando a natureza divina e humana de Cristo. O sangue representa a humanidade, enquanto a água representa a divindade. Essa interpretação se tornou parte integral da teologia cristã e reforça a crença na dualidade de Jesus.
Embora a Bíblia não mencione o nome do soldado que feriu Jesus (lembrado como Longinus por causa da lança), a tradição popular e os textos não bíblicos o identificam como Longinus. De acordo com essas histórias, os respingos de sangue e água que atingiram os olhos do soldado, o curaram instantaneamente. Após o evento, Longinus experimentou ainda uma profunda conversão religiosa.
A Igreja Católica acabou reconhecendo posteriormente Longinus como santo por conta de seu martírio em nome da fé cristã. A história de sua conversão e mártir logo se tornou parte do folclore religioso.
Com o passar do tempo, a devoção a São Longuinho cresceu entre os católicos. No entanto, ele também adquiriu uma reputação peculiar. Muitos fiéis passaram a acreditar que dar “3 pulinhos” ao pedir sua ajuda ajudaria a encontrar objetos desaparecidos. Esse costume, embora não tenha base na teologia, tornou-se uma tradição enraizada na cultura popular.
